segunda-feira, 21 de março de 2011

(SOU EU O PÓ) 23/01/2010

segunda-feira, 21 de março de 2011
.SOU EU O PÓ
.
Sou eu o pó que o vento leva
Da umidade que ainda vive
Tão ancestral e tão longeva
No antepassado que não tive.
.
Toda tristeza vem-me aos olhos
Quando o passado os retrai
Como sargaços e abrolhos,
Em uma lagrima que cai.
.
Eu sou o pó e quem me olha
Por nada ver se entretém
Não vê a lagrima que molha
Nem vê aquela que não vem
.
II
.
Eu não conheço a atitude
Apenas sei que inexiste
E enquanto eu jamais a mude
Ele está no que consiste
.
Não é a lágrima que rola
Não é o modo de se vê-la
Mas a intenção que se izola
Ao ver um céu em cada estrela
.
É impossivel não mudar
Não ser passado nem presente
Sair de cena, não voltar,
Estar em cada coisa ausente.
.
II
.
Sou eu o pó, uma poeira
Que a mão do vento subtrai
Minha metade quase inteira
Na noite íngreme que cai.
.
Direi a quem não me conhece
Que nunca fui reconhecido
Sou como a coisa que se esquece
Por não conter nenhum sentido.
.
Sou eu os cantos da estrada
Cantos que todos pisarão
E levarão na caminhada
Toda a lembrança do que são.

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segunda-feira, 21 de março de 2011

(SOU EU O PÓ) 23/01/2010

.SOU EU O PÓ
.
Sou eu o pó que o vento leva
Da umidade que ainda vive
Tão ancestral e tão longeva
No antepassado que não tive.
.
Toda tristeza vem-me aos olhos
Quando o passado os retrai
Como sargaços e abrolhos,
Em uma lagrima que cai.
.
Eu sou o pó e quem me olha
Por nada ver se entretém
Não vê a lagrima que molha
Nem vê aquela que não vem
.
II
.
Eu não conheço a atitude
Apenas sei que inexiste
E enquanto eu jamais a mude
Ele está no que consiste
.
Não é a lágrima que rola
Não é o modo de se vê-la
Mas a intenção que se izola
Ao ver um céu em cada estrela
.
É impossivel não mudar
Não ser passado nem presente
Sair de cena, não voltar,
Estar em cada coisa ausente.
.
II
.
Sou eu o pó, uma poeira
Que a mão do vento subtrai
Minha metade quase inteira
Na noite íngreme que cai.
.
Direi a quem não me conhece
Que nunca fui reconhecido
Sou como a coisa que se esquece
Por não conter nenhum sentido.
.
Sou eu os cantos da estrada
Cantos que todos pisarão
E levarão na caminhada
Toda a lembrança do que são.

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